A Radial Transporte pretende ficar em Suzano. A empresa tem contrato com a Prefeitura até outubro. No entanto, pretende participar o processo licitatório e assumir de vez o transporte público do município. Por conta disso, desde maio, a Radial começou a implantação da garagem em um terreno na Avenida Jorge Bei Maluf, 409, na Vila Theodoro, bem próximo ao Terminal de Transportes Urbanos "Vereador Diniz José dos Santos Faria", o Terminal Norte. O investimento e o projeto com cronograma de obras não foram divulgados pela prestadora de serviços.
Instalada no mesmo terreno, onde até 1997 funcionou a Tinturaria e Estamparia Industrial de Tecidos Suzano, a garagem da Radial passa por obras. De acordo com o chefe de tráfego, José Mauro Alborguete, a intenção é começar a executar toda a parte operacional e administrativa no município. Atualmente somente o abastecimento é executado no espaço.
"O terreno ainda está em fase inicial da estrutura. Nossa intenção é ficar. Lógico que tem caráter emergencial com um contrato até outubro. Depois vem a licitação e se a gente ganhar provavelmente ficaremos nesse terreno mesmo. Independente disso estamos elaborando os serviços operacionais e a parte administrativa, que é para permanecermos no município. Estamos criando a garagem. Temos agora que montar a parte de manutenção geral e almoxarifado, que hoje é feito na garagem de Ferraz. Aqui só fazemos o abastecimento e guardamos os carros", explicou.
Para o chefe de tráfego, com a garagem em Suzano o serviço deverá ser facilitado. "Se o carro quebra hoje é preciso levar ele até Ferraz para arrumar e depois voltar, embora a gente já trabalhe com bastante carro reserva para trocar imediatamente e não prejudicar o usuário.
Para atender cada vez mais e melhor as necessidades dos clientes e demandas criadas pelo desenvolvimento dos grandes centros urbanos, a encarroçadora de ônibus Caio Induscar lança a primeira versão de uma nova carroceria para o sistema BRT (Bus Rapid Transit). Serão lançadas todas as versões para atender ao sistema: biarticulados, articulados e alimentadores.
O novo Millennium BRT está pronto para a realidade das condições de uso, já que teve seus projetos desenvolvidos após estudo da infraestrutura do sistema BRT, das diversas localidades do país.
Testes diferenciais
Como diferencial de mercado e para assegurar ao cliente estruturas resistentes e duráveis, evitando problemas de manutenção, todas as carrocerias são dimensionadas com o uso de cálculos estruturais, pelo método de elementos finitos, passando por testes de rodagem.
A estrutura do veículo BRT foi desenvolvida utilizando-se materiais de alta resistência associados aos já consagrados conceitos e processos construtivos desenvolvidos pela engenharia da empresa. O veículo foi certificado por meio de provas de aquisição extensométrica realizadas em manobras de torção estática e passagem dinâmica em condições severas de carregamento pelos principais corredores de ônibus de São Paulo. Nesta metodologia, centenas de sensores são fixados em pontos estratégicos da estrutura, possibilitando o monitoramento das tensões e consequente previsão da durabilidade do
veículo.
Design Externo
Todas as carrocerias BRT têm o visual inspirado nos mais modernos sistemas de transporte mundial, transmitindo imponência, originalidade e rapidez operacional.
Frente
A frente aerodinâmica conta com uma extensa área envidraçada. Foi desenvolvido um novo conjunto ótico, com tecnologia em leds, light string e faróis elípticos, seguindo a tendência da indústria automobilística, sendo escamoteáveis para maior facilidade de manutenção. Possui dois tipos de retrovisores: um projetado e outro recuado, com luz de seta acoplada e sistema de acionamento elétrico opcional.
Laterais
As laterais também possuem maior área envidraçada, áreas da região do rodado com design de superfície, baseadas na linha automobilística, e carenagem superior que se incorpora aos equipamentos instalados no teto. Contam também com novo projeto de portas envolventes, que faceiam a superfície lateral, evitando degraus e problemas com escovas dos lavadores, como os modelos europeus.
Traseira
O design traseiro segue linhas arredondadas, com grupo ótico especialmente desenvolvido para este projeto: todo em leds, lanterna em plástico injetado, trazendo maior harmonia de design. O vigia tem novo desenho, arredondado, grande área envidraçada, acompanhando as linhas do veículo.
Design interno
Painel
O design do painel acompanha as linhas externas, consistindo de acabamentos sem fixações aparentes, podendo contemplar o sistema multiplex. As tampas de inspeção foram projetadas para fácil acesso de manutenção. Conta ainda com itinerário frontal superior, acompanhando a curvatura do pára-brisa.
Cockpit/Posto do motorista
Para o desenvolvimento do cockpit, o projeto foi desenvolvido em 3D, resultando em maior ergonomia, com maior visualização e melhor alcance do motorista aos instrumentos do painel, aumentando também o campo de visão. Para os veículos sem porta no balanço dianteiro, tem a versão de cabine onde a divisória é totalmente de vidro, com porta de isolamento, proporcionando mais privacidade ecomodidade ao condutor; já para os modelos com porta no balanço dianteiro, têm a opção do cockpit com portinhola baixa, como nos padrões europeus. Os sistemas de ventilação e exaustão foram projetados para maior conforto do condutor, havendo também um grande trabalho na redução de ruídos.
Salão
• Duto
Para o salão dos passageiros foi desenvolvido um duto de ar condicionado incorporando, ou não, placas de propaganda com novo design, que integra os balaústres, a iluminação interna em leds e as caixas de porta.
• Anteparos
Os anteparos de proteção dos passageiros contam com novo design, harmonizando-se com as linhas internas.
• Cúpula Traseira
A cúpula interna traseira comporta os diferentes tipos de itinerários oferecidos pelo mercado.
• Novas poltronas
O salão, entre outros destaques, tem novas poltronas, confeccionadas em plástico injetado, sendo mais leves, de simples manutenção, e pés com formato que facilita a locomoção e higienização no interior do veículo. São produzidas pela própria encarroçadora, após cerca de três anos de desenvolvimento e cálculos estruturais matemáticos, via software, testes estáticos e dinâmicos.
Foram concebidas segundo os mais severos critérios internacionais de qualidade e durabilidade definidos pela APTA (American Public Transportation Associatian), segurança do ocupante (CONTRAN 316:2009) e acessibilidade (ABNT NBR 15570:2011). Modernas ferramentas de simulação biomecânica e ergonômica foram utilizadas durante o desenvolvimento - como o software utilizado na indústria automotiva em avaliações de conforto, através do cálculo da distribuição da pressão na pélvis do ocupante, além da avaliação da segurança na eventualidade de acidentes, possibilitando o cálculo de parâmetros biomecânicos.
Complementando os testes virtuais, foram testadas e avaliadas em campo durante um ano, sendo coletados dados de ergonomia. São oferecidas três modelos: totalmente estofada, semi estofada e sem revestimento estofado.
Lançamento da primeira versão
A primeira versão lançada pela encarroçadora rodará em São Paulo. É biarticulada, piso baixo total e tem o posto do motorista na posição central, para facilitar o controle do ônibus e visibilidade. Atende a nova legislação Euro V.
Seguindo o padrão SPTrans, tem comprimento de 26.610 mm e largura de 2.600 mm, com lotação de 47 passageiros sentados, posto do motorista, do cobrador, uma vaga para portador de necessidades especiais e 131 passageiros em pé.
Uma segunda versão será apresentada em seguida, trazendo ao mercado de ônibus ainda mais itens de modernidade em design e tecnologia. Serão divulgadas mais informações, próximo à data de lançamento.
São Paulo - Desde as 4h40 desta manhã de quarta-feira a maior parte da malha metroviária da capital paulista está parada. Cerca de 4 milhões de pessoas utilizam os ramais do Metrô diariamente. Funcionários que pertencem ao plano de contingência do Metrô informaram que algumas das estações estão abertas nesta manhã, permitindo o funcionamento parcial de alguns ramais.
Por volta das 7h, cerca de 100 usuários do transporte público interditaram a Avenida Radial Leste, na altura da estação Itaquera do metrô, na zona leste da capital paulista, revoltados com a demora da circulação dos ônibus na região. Os dois sentidos da via estavam fechados ao tráfego por volta das 7h, provocando congestionamento no local, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Estão abertas as estações que ficam entre o Brás e Santa Cecília, na Linha 3 (Vermelha). Na Linha 1 (Azul), estão abertas as estações entre Ana Rosa e Luz. Toda a Linha 5 (Lilás), entre Santo Amaro e Capão Redondo, na zona sul, opera normalmente.
O mesmo ocorre na Linha 4 (Amarela), que pertence à ViaQuatro. Na Linha 2 (Verde), operam as estações entre Ana Rosa e Consolação. Na estação Ana Rosa, funcionários estão junto às catracas informando aos usuários quais as estações que estão abertas nesta manhã de greve parcial dos ramais do Metrô.
O segurança Fábio Pereira dos Santos, de 36 anos, teve que pegar um ônibus até a estação Paraíso porque a estação Santana, por ele utilizada diariamente, está fechada. Santos reclamou de não ter sido informado na estação Paraíso de que a Linha Azul não estava operando totalmente.
"Paguei a passagem, ninguém me avisou e, depois de viajar somente uma estação, tive que descer. Agora, no meu segundo dia de trabalho, vou ter que andar até a estação Vila Mariana para tentar chegar às 6 horas." Santos disse que estava ciente da greve antes de sair de casa, mas pensou que os funcionários iriam respeitar a decisão judicial que determinou 100% do efetivo do Metrô nos horários de pico.
Às 4h40, apesar dos portões do Metrô encontrarem-se fechados, a situação em frente à estação Sé, no centro, ainda era de tranquilidade, em razão do horário. Em frente à estação Vila Mariana, na zona sul, a situação era idêntica às 5 horas. Duas viaturas da Polícia Militar estavam estacionadas para garantir a segurança das pessoas e que nenhum ato de vandalismo ocorra.
"Eu trabalho em São Bernardo do Campo e tenho que entrar no serviço às 7h30. Não estava sabendo da greve", disse o pedreiro Jeremildo Santos Sales, de 34 anos, que foi pego de surpresa ao encontrar a estação Sé do Metrô fachada nesta manhã.
O Sindicato dos Metroviários decidiu pela greve, por tempo indeterminado, após uma audiência de conciliação com o Metrô. Após terminar sem acordo a audiência de conciliação entre o sindicato dos metroviários e representantes do Metrô de São Paulo no Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região, no centro, a desembargadora Anélia Li Chum determinou que 100% dos metroviários deverão trabalhar amanhã nos horários de pico, ou seja, das 5h às 9h e das 17h às 20h.
Nos demais horários, a categoria teria que colocar no mínimo 85% dos funcionários para trabalhar. Em caso de descumprimento da decisão, o sindicato fica sujeito a multa diária de R$ 100 mil. Pela decisão, os metroviários também ficaram proibidos de realizar catraca livre, como havia sido aventado por alguns integrantes da categoria. Os metroviários ainda realizarão uma assembleia na noite desta quarta para decidir os rumos da greve.
Os metroviários pedem reajuste salarial de 5,13%, 14,99% de aumento real, vale alimentação de R$ 280,45 e reajuste de 23,44% para o vale refeição. A Linha 4 (Amarela), operada pela iniciativa privada, deverá funcionar normalmente, informou a concessionária ViaQuatro.
CPTM
A exemplo dos metroviários, os funcionários da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) que trabalham nas linhas 11-Coral, que liga a estação da Luz, no Centro, à estação Estudantes, em Mogi das Cruzes, e 12 (Safira), que vai do Brás até Calmon Viana, no município de Poá, também entraram em greve à 0h desta quarta-feira, 23, por tempo indeterminado.
A paralisação foi decidida em assembleia realizada na noite de terça-feira na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, que representa os funcionários destas duas linhas. Os trabalhadores querem 10,83% de aumento, sendo 5,83% de reposição e 5% de aumento real. A CPTM ofereceu apenas 6,17%, mas o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) propôs 7,05%.
As negociações da categoria com a CPTM começaram em março e, em maio, passaram a ser intermediadas pela Justiça trabalhista. O TRT determinou a manutenção de 85% do quadro, operacional nos horários de pico, das 5h30 às 10h e das 16h às 20h30, e de 70% nos demais horários. O sindicatos das demais linhas da CPTM, 7(Rubi), 8 (Diamante), 9(Esmeralda) e 10 (Turquesa), continuam em negociação com a empresa e os trens estarão circulando normalmente nesta quarta-feira.
Em nota, a CPTM afirma que foi acionado o Plano de Apoio entre as Empresas de Emergência (Paese) para amenizar os problemas causados pelos passageiros que dependem das linhas 11 e 12 para chegar ao centro da capital ou seguir em direção à zona leste da cidade ou região leste da Grande São Paulo.
Foram disponibilizados ônibus gratuitos entre Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e Guianazes, zona leste da capital, e entre Guaianazes e o Brás, centro da cidade. Em relação às pessoas que dependem da Linha 12 (Safira), há ônibus gratuitos entre Poá, na Grande São Paulo, e Itaim Paulista, zona leste, e entre o Itaim e o Brás, cuja estação dá acesso a linhas que levam até a estação Luz e à região do Grande ABC. No Brás, os passageiros poderão ingressar e seguir até a estação da Luz pelos trens da linha 10 (Turquesa), que estarão circulando, excepcionalmente, até a Luz.
A estimativa é de que cerca de 850 mil pessoas sejam prejudicadas com as duas linhas paralisadas. É importante lembrar que as conexões destas linhas com as estações das linhas do Metrô que estarão paralisadas não irão funcionar, casos das estações Barra Funda e Luz, na linha 7(Rubi); Brás e Tamanduateí, na Linha 10 (Turquesa), e Santo Amaro, na Linha 9 (Esmeralda). Exceção fica por conta da Estação Luz da Linha 7(Rubi), que faz conexão com a Linha 4 Amarela, do Metrô, que estará operando normalmente. Em razão da greve de metroviários e ferroviários, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) decidiu suspender o rodízio municipal de veículos nesta quarta-feira, 23. Com isso, os carros com placas finais 5 e 6 poderão circular no centro expandido da capital.
A CET implantou um plano operacional com o objetivo de minimizar os impactos no trânsito, focando principalmente corredores de acesso às estações de metrô. A São Paulo Transportes (SPTrans) também acionou o Paese. Linhas de ônibus que operam com destino às estações de metrô terão seus itinerários estendidos até a região central da cidade. A Polícia Militar informou que desde às 04 horas reforçou o policiamento nas estações da CPTM e em todas as estações do Metrô, inclusive as estações da Linha Amarela.
Em nota, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos informou que "mantém canal de diálogo aberto com as entidades sindicais representativas dos funcionários da CPTM e do Metrô" e que "a proposta feita às duas categorias é de reajuste com reposição integral da inflação mais 1,5% de aumento real a partir das respectivas datas-base".
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (21) um pacote de medidas para estimular o crédito no país. Entre elas, está a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para compra de carros, além da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. A redução do IPI vale até 31 de agosto. Segundo a Fazenda, as medidas valem a partir desta terça-feira (22).
O objetivo é estimular a atividade econômica. "Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto está trazendo problemas para os emergentes como um todo. Exige esforços redobrados para manter a taxa de crescimento em um patamar razoável (...) O governo tem de tomar medidas de estímulo para combater as consequências dos problemas trazidos pela crise financeira internacional", explicou Mantega a jornalistas. Segundo ele, a renúncia fiscal das desonerações anunciadas hoje (valor que o governo deixará de arrecadar) é de R$ 2,1 bilhões em três meses.
De acordo com o Banco Central, o nível de atividade econômica do país registrou queda pelo terceiro mês seguido, de 0,35%, em março deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária, fechou o primeiro trimestre de 2012 com alta de 0,15% ante o trimestre anterior. Isso mostra desaceleração frente ao crescimento de 0,19% do terceiro para o quarto trimestre do ano passado.
Tabelas de 2012.
IPI de automóveis
Para a aquisição de automóveis, o governo informou que as empresas que estão instaladas no Brasil terão seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) será reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Para carros importados de fora do Mercosul e México, a alíquota cairá de 37% para 30%, informou o ministro.
Para veículos de mil cilindradas (1.0) a duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e "flex" (álcool e gasolina), para empresas instaladas no Brasil, será reduzida de 11% para 5,5%. Para os carros importados, a alíquota será reduzida de 41% para 35,5%. Já para carros a gasolina de mil a duas mil cilindradas, o IPI cairá de 13% para 6,5% para carros produzidos no Brasil e de 43% para 36,5% para veículos de fora do Mercosul e México. No caso dos utilitários, a alíquota será reduzida de 4% para 1% (empresas instaladas no país) e, para carros importados, cairá de 34% para 31%.
Além disso, Mantega informou que o setor privado se comprometeu a dar descontos sobre as tabelas em vigor. Segundo ele, os desconto será de 2,5% para carros de até mil cilindradas, de 1,5% para automóveis de mil a duas mil cilindradas e de 1% para utilitários e comerciais. O objetivo de todas estas medidas é de reduzir, segundo Mantega, o custo dos carros em aproximadamente 10% nas revendedoras.
"Para o setor automotivo, estamos implementando as medidas financeiras. Os bancos privados e públicos se comprometeram em aumentar o volume de crédito; aumentar o número de parcelas. O financiamento terá mais parcelas, e também se comprometeram em reduzir a entrada para aquisição do bem, além de realizar redução do custo financeiro, ou dos juros do empréstimo", afirmou Mantega.
Alta da inadimplência
Dados do BC mostram que, em março, a inadimplência para compra de veículos, que registra atrasos superiores a 90 dias, atingiu a marca de 5,7%, o maior valor de toda a série histórica, que começa em junho de 2000. Em fevereiro deste ano, a inadimplência destas operações estava em 5,5%. Com isso, os bancos puxaram o freio na concessão de novos financiamentos neste ano.
"As medidas anunciadas, sem dúvida, atendem à demanda do setor. A indústria está com estoques muito altos", afirmou o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, após o anúncio.
Liberação de compulsórios para carros
Além de baixar o IPI para compra de veículos, e de reduzir do IOF sobre todas as operações de crédito para pessoas físicas, o governo também anunciou a liberação de parte dos depósitos compulsórios (recursos ficam retidos no BC para controlar a inflação) para estimular o crédito para a aquisição de veículos.
"O BC vai liberar compulsório para viabilizar um volume maior de crédito nessas atividades e para reduzir o custo do crédito. Vai reduzir o compulsório para esta carteira de financiamento, para aumentar o volume do crédito e baixar o custo", declarou Mantega.
Mais tarde, ainda nesta segunda, o Banco Central informou que foi aprovada uma circular que altera a regra dos depósitos compulsórios (que ficam retidos no BC para controlar a inflação) sobre recursos a prazo, permitindo que as instituições financeiras utilizem aproximadamente R$ 18 bilhões a mais para a realização de novas operações de crédito para financiamento de automóveis e de veículos comerciais leves. Esse montante representa, ainda de acordo com a autoridade monetária, cerca de 10% do total de crédito concedido ao segmento.
Linhas de crédito para investimentos
Para novos investimentos das empresas, o ministro Mantega informou que as linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão menores. O financiamento para pré-embarque de exportações, por exemplo, passará de 9% para 8% ao ano. Para compras de ônibus e caminhões, está sendo reduzida de 7,7% para 5,5% e, para compra de máquinas e equipamentos para produção, os juros estão caindo de 7,3% para 5,5% ao ano. No caso do Proengenharia, a taxa passou de 6,5% para 5,5% ao ano.
A prefeitura de Suzano, através do Setrans (secretaria municipal de transporte), informou que a empresa Radial (que foi contratada em regime emergência para prestar serviço após o recindir o contrato com a Visul), iniciou a padronização da frota.
Os carros manterão sua cor branca, entretanto, contara com os parachoques e laterais em vermelho. E o brasão da prefeitura de Suzano com a seguinte inscrição – Cidade de Suzano, nas suas laterais.
Nos séculos XVIII e XIX, Landau era uma carruagem de luxo. Seu nome é de origem alemã e vem da cidade de Landau, antiga Prússia, onde foram construídas as primeiras carruagens nesse estilo, muito usadas principalmente pela alta burguesia e profissionais liberais. Identificado pela capota dupla, móvel, em sanfona, que se abre ao meio, descendo para os lados, o veículo era puxado por quatro cavalos).
Na segunda metade do século 20, surge outro tipo de carruagem de luxo com o mesmo nome, desta vez motorizada... E que motor! Mas há quem diga que nosso Landau mais se parece com um grande Tapete Voador, devido ao silêncio e a maciez com que roda.
Em 1959 surge o primeiro Galaxie nos Estados Unidos, como carro de luxo. Seis modelos compunham a linha e, como todo bom e grande carro americano da época, abusava dos ornamentos cromados e aletas - os famosos "rabos de peixe" - nos pára-lamas traseiros.
As opções de motores eram: seis-cilindros de 3,65 litros; V8 de 4,8 litros e V8 de 5,7 litroscom até 300 cv.
Em 1960 o Galaxie cresceu e ganhou faróis integrados à grade. O cupê Starliner e sua versão conversível Sunliner eram as opções Top de Linha.
No ano seguinte aparecia o V8 390 (6,4 litros) de 300, 330 e 375 cv (este na opção Thunderbird Super).
Em 1962, o 390 dava lugar ao Thunderbird 406, de 6,6 litros e potência de 385 ou 405 cv.
Uma reformulação total em 1965 deu ao Galaxie as linhas com que o conhecemos no Brasil, com os característicos faróis sobrepostos.
Havia 17 versões, incluindo cupê e conversível; cinco motores, dos seis-cilindros de 4,0 litros aos 427 Thunderbird High Desempenho, um V8 de 425 cv. No ano seguinte apareceu o V8 de 428 cv. Essa linha foi mantida até o modelo 1967.
No ano seguinte surgiu uma nova geração, de estilo mais esportivo, mas que não ultrapassava mais os 360 cv.
No Brasil
A Ford instalou-se no Brasil em 1°. de maio de 1919 para a montagem de automóvel Modelo T e caminhões TT, com peças importadas da matriz americana. O primeiro Ford fabricado no país, concluído em agosto de 1957, era um F-600 para seis toneladas, com motor V8 a gasolina e 40% de nacionalização. A picape F-100 começava a ser feita em outubro.
Foram precisos 10 anos para que a Ford passasse a produzir aqui um carro de passageiros. E, apesar da escassa motorização dos brasileiros, o modelo escolhido não era econômico e acessível, mas luxuoso e caro: o Galaxie 500, baseado no que os EUA fabricavam desde 1965. A primeira unidade era produzida em 16 de fevereiro de 1967, marcando um momento histórico para a Ford e, por extensão, para a indústria nacional.
Externamente era muito semelhante ao americano, com porte avantajado (5,3 metros de comprimento, 2 m de largura, 3,02 m entre eixos), enorme balanço traseiro e o predomínio de linhas retas.
O espaçoso interior acomodava com folga lateral até seis pessoas em dois bancos inteiriços, permitidos pela montagem da alavanca cromada do câmbio, manual de três marchas, na coluna de direção. O painel tinha escalas horizontais nos instrumentos e diversas luzes-piloto. Duas delas indicavam motor frio e superaquecido, em vez de um marcador de temperatura analógico; outra apontava o uso do freio de estacionamento, acionado por pedal e liberado por alavanca. Integrado ao conjunto estava um rádio ainda não-transistorizado.
O sistema de ventilação forçada promovia alguma renovação de ar e o desembaçamento do pára-brisa. Os quebra-ventos eram movimentados por pequenas manivelas e molas limitadores de posição das portas permitiam mantê-las abertas em dois ângulos: 45° e total. Tão extenso era o porta-malas que, à frente de toda a bagagem, ainda cabia o enorme estepe em posição horizontal.
O Galaxie era construído sobre um chassi de longarinas, de desenho perimetral e não tipo escada, e trazia carroceria com deformação programada na frente e na traseira, um fator de segurança. As suspensões, tradicionais, empregavam molas helicoidais bastante macias, em benefício do conforto; os freios eram a tambor nas quatro rodas. Os primeiros modelos vinham com o robusto motor V8 do F-100, de 272 pol3 de cilindrada e comando de válvulas no bloco, que desenvolvia 164 cv de potência e 33,4 m.kgf de torque.
Não era o ideal para o elevado peso do Galaxie, 1.780 kg: as acelerações eram lentas, de 0 a 100 km/h em 15 s, e a velocidade máxima ficava em 150 km/h.
Nos anos seguintes recebia novos equipamentos que acentuavam seu conforto. Na linha 1969 passava a ser oferecido na versão LTD. O acabamento mais refinado incluía teto revestido em vinil, grade e frisos diferenciados, tapetes espessos, painel e portas com revestimentos em jacarandá da Bahia, retrovisor externo com ajuste interno, lampejador de farol alto, espelho de cortesia no parasol direito e apoio de braço central no banco traseiro.
Junto do LTD vinha um motor de 292 pol3, 190 cv e torque de 37 m.kgf, para melhora razoável no desempenho. O ar-condicionado tinha evaporador, comandos e difusores de ar ainda sob o painel, enquanto a direção assistida era tão leve que o volante podia ser movido com um só dedo.
A combinação do motor 292 ao câmbio manual tornava-se disponível apenas no modelo 1970 do Galaxie 500. Atingia 160 km/h reais de velocidade máxima. A mesma época marcava o lançamento do Galaxie básico, mais simples e acessível. Despojado no acabamento interno e externo, perdia a direção assistida, a ventilação forçada, o rádio e muitos cromados.
Um ano depois a Ford apontava para o caminho oposto, o do requinte, com o LTD Landau. No caso deste Ford não havia capota conversível, mas um adorno nas colunas traseiras simulava a tal dobradiça.
Além desses e de outros adornos, o Landau trazia um vidro traseiro reduzido, para tornar o interior mais privado e aconchegante; calotas raiadas, revestimento da capota em vinil corrugado, por fora, e material aveludado, por dentro; e revestimento dos bancos em couro, opcional, ou em cetim. Havia luzes de leitura na traseira, controladas pelo motorista, e dois alto-falantes em vez de um só. O câmbio podia ser manual ou automático.
Os freios tinham servoassistência e nas demais versões eram aprimorados, mas mantendo os tambores: só em 1972 surgia a opção pelos dianteiros a disco, mais eficientes e resistentes ao uso contínuo. No ano seguinte, alterações de estilo na grade, lanternas e pára-lamas traseiros davam-lhe um ar mais atual. A versão básica era descontinuada.
A alta da gasolina que se seguiu gerou dificuldade nas vendas de carros grandes e que consumiam muito, fazendo com que só em 1976 a Ford voltasse a efetuar modificações.
Os quatro faróis vinham em linha horizontal, com as luzes de direção nas extremidades onde antes eles ficavam, e podiam usar lâmpadas halógenas. A grade era menor, com barras verticais, embora o Galaxie 500 continuasse com frisos horizontais, e o pára-choque dianteiro trazia a placa no lado esquerdo. Na traseira as lanternas vinham em conjuntos de três retângulos, com as luzes de ré ainda no pára-choque, e todas as seis eram acesas, conferindo ar imponente à noite. As calotas de desenho liso traziam no centro o mesmo símbolo da "mira" fincada no capô: o emblema da Lincoln americano, só que posicionado na horizontal.
A versão Top de Linha era chamada apenas Landau. O motor, importado do Canadá e de geração mais nova, representava novo aumento de cilindrada, para 302 pol3, passando a 199 cv e 39,8 m.kgf e melhorando, sobretudo o desempenho em baixa rotação. Com câmbio manual chegava a 160 km/h e acelerava de 0 a 100 em 13 s; com transmissão automática, 150 km/h e 15 s.
Pouco foi modificado nos anos seguintes. Em 1978 ganhava um volante de quatro raios, mais agradável ao toque, e o Landau vinha em cor única prata Continental metálico, com teto de vinil no mesmo tom.
No ano seguinte a ignição eletrônica substituía os velhos condensadores e platinado, aprimorando o funcionamento do motor e reduzindo um pouco o consumo. O ar-condicionado passava a ser integrado ao painel e o Galaxie 500 era eliminado, restando as versões LTD e Landau, este apenas com câmbio automático.
Em 1982 as luzes de ré eram incorporadas às lanternas e encerrava-se a produção do LTD. Em dois de abril de 1983 chegava ao fim também o Landau, depois de 77.850 unidades produzidas entre todas as versões. O consumidor comum não mais podia comprar o carro oficial de autoridades governamentais e preferido pelos altos executivos.